sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Alexandria



O filme relata a história de Hipátia (Rachel Weisz), filósofa, professora e astrônoma em Alexandria no Egito entre os anos de 355 e 415, é um excelente tema gerador de discussões filosóficas. 

A atriz Rachel Weisz interpreta uma pobre mulher que não compreende a origem de tanta raiva entre os homens e simplesmente tenta canalizar as suas energias para algo de bem.
Na Escola de Alexandria Hipátia ensina filosofia, matemática e astronomia, junto à Biblioteca. Cultura iniciada com Alexandre Magno, passando depois pela dominação romana Alexandria é agitada por ideais religiosos diversos: o cristianismo, que passou de religião intolerada para religião intolerante, convive com o judaísmo e a cultura greco-romana.

Um de seus alunos, Orestes ama Hipátia, sem ser correspondido e Sinésius adepto ao cristianismo. O escravo de nome Davus também a ama de forma secreta. Hipátia se dedica unicamente ao estudo, matemática, astronomia e a filosofia. E sua preocupação maior é com o movimento da terra em torno do sol.
Orestes se torna prefeito e se mantém fiel ao seu amor, o ex-escravo Davus (recebeu a alforria de Hipátia) se debate entre a fé cristã e a paixão.
É possível ver também a essência do que é a doutrina cristã. Hipatia afirma que não pode se converter ao cristianismo, ela opta pela neutralidade e o amor a filosofia porque a visão de mundo dela é puramente filosófica e não há espaço para religião.

É impressionante como o filme capta a intolerância e opressão e é abismal a forma como denuncia o desprezo do Cristianismo pela condição feminina.
 
Os cristãos passaram a dominar o território, os pagãos ou foram mortos ou obrigatoriamente se converteram ao cristianismo, Orestes era pagão e se tornou cristão. Quem não fosse cristão automaticamente deveria ser apedrejado.
O líder cristão Cyril domina a cidade e encontra na ligação entre Orestes e Hipátia o ponto de fragilidade do poder romano, iniciando uma campanha de enfraquecimento da influência de Hipátia sobre o prefeito, usando as escrituras sagradas para acusá-la de ateísmo e bruxaria. Hipatia foi taxada de bruxa e atéia e por isso pagou caro.
Vários são os enfrentamentos entre cristãos, judeus e a cultura greco-romana, os cristãos se apoderam, aos poucos, da situação.

O Cristianismo não possui uma filosofia autentica, na verdade ele é um cooptação da filosofia Greco-romana e egípcia.  A política e a religião estavam acopladas nesta época, tornando a situação delicada até para o prefeito Orestes. Assim como Hipatia, que foi apedrejada acusada de bruxaria e ateísmo em 415 D.C Giordano Bruno foi morto pelo mesmo motivo mil e cem anos depois de Hipatia.


O filme nos traz uma mensagem corajosa de acontecimentos reais e importantes da história antiga, onde podemos compreender como o ser humano manipula a fé de forma violenta e errônea. Usam atitudes de forma sutil para manipular os pensamentos de homens que buscam o acalento da fé e do amor. Homens que com pouco saber crêem no verbo expressado pelos que detêm o poder e o "saber" do comunicar. Reflexo de um passado de dominância sanguinária, sem respeito a dignidade humana. 
A Religião tem o significado de religar com o divino, entretanto nas mãos de homens sem compreender sua pura essência usam-na como forma de exílio da mente e da sabedoria, fazendo com que a segmentação, alienação e a dominação sejam a chave do caminho.  
 
O comentário: "Adorei o filme. Chocante e desmistificador. Mostra com clareza como se manipulam textos, vontades e pessoas. E como, neste caudal imenso, ninguém, senão quem tem mais poder, tem alguma razão. Religião foi, é e será sempre isto: a cegueira da razão. O mundo precisa de filosofia e cultura e não de religião e igrejas. Que os templos sejam transformados em academias e salas de aulas de sabedoria, de equilíbrio, de temperança (sophrosyne), de medida (métron)".(Humberto Milhomem) - http://www.imagemfilmes.com.br/imagemfilmes/principal/filme.aspx?filme=103236 )
"O bem-estar e a prosperidade mundial dependem da conduta dos jovens. Somente quando sua conduta for boa, o mundo poderá ter um futuro ideal" (Sathya Sai Baba)
"Pensar o Amor é Verdade. Praticar o Amor é Retidão. Sentir o Amor é Paz. Compreender o Amor é Não-Violência".(Sathya Sai Baba)

Ágora - No Brasil recebeu o Título de Alexandria.





Fontes:
http://lioness-tocadaleoa.blogspot.com/2010/06/dica-agora.html
http://4anosoumais.blogspot.com/2011/08/resenha.filme.alexandria.html
http://leigosnanet.blogspot.com/2011/03/capa-label-e-filme-alxandria.html
http://netnature.wordpress.com/2011/03/14/alexandria-critica-do-filme-com-resenha/
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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Poder e política.

É inegável que o poder esta presente na política. Tanto que pode fazer uma analogia de tal tese com o período Hitler na Alemanha, o qual foi marcado por sua crueldade e por idéias absurdas, porém é visível o poder que Hitler possuía e o qual se firmava com sua imagem como líder político.
Como já comentado em outras postagens de nosso blog a política teve papel fundamental na sociedade grega, nas polis. De fato a política é uma das várias representações do poder e de certa forma é também uma transferência de poder a outrem. Ao elegermos um político através do ato democrático, o voto, estamos designando um representante e lhe dando o poder de decidir o que ele julga ser de interesse para a sociedade, para o coletivo.  Por isso é defendido que o poder unido à política é muito mais forte do que o mero poder. Outro exemplo é a Revolução Francesa, em que pode ser observado o quanto é forte e importante a união dos dois.
Sobre os poderes judiciários no Brasil – Legislativo, Executivo e Judiciário – nem é viável questionar o quão é influente a política nas suas entrelinhas. 
 
            Não é possível debater sobre política sem pensar em Maquiavel, autor do livro O príncipe, nos traz várias lições de como um líder político deve ser, ou seja, segundo ele o líder deve saber combinar a audácia com o cuidado, uma vez que é a luta pela conquista e pela manutenção do poder é o que move a política.
            Atualmente um fato que esta sendo muito noticiado, que demonstra claramente essa intersecção entre a política e o poder, é sobre o Chefe de Estado da Líbia - Muammar Abu Minyar al-Gaddafi -,  o qual abusou de seu poder e cometeu diversos crimes, tais quais Maquiavel considera que apenas quem é um governante ruim os cometeria. 

           Logo abaixo segue alguns links, os quais tratam de assuntos como o poder e queda do Chefe de Estado da Líbia; poder e participação política da mulher:



            Portanto essa relação intrínseca entre o poder e política esta presente desde a criação desses conceitos, como pode ser observado nos pensamentos de Maquiavel,  sendo assim o detentor do âmbito político possui um inegável poder.  


“Um príncipe não deve, portanto, importar-se por ser considerado cruel se isso for necessário para manter os seus súditos unidos e com fé. Com raras exceções, um príncipe tido como cruel é mais piedoso do que os que por muita clemência deixam acontecer desordens que podem resultar em assassinatos e rapinagem, porque essas consequências prejudicam todo um povo, ao passo que as execuções que provêm desse príncipe ofendem apenas alguns indivíduos” (MAQUIAVEL, 2002, p. 208).

“...quando um príncipe deixa tudo por conta da sorte, ele se arruína logo que ela muda. Feliz é o príncipe que ajusta seu modo de proceder aos tempos, e é infeliz aquele cujo proceder não se ajusta aos tempos.” (MAQUIAVEL, 2002, p. 264).

Abaixo estão os links de um documentário dividido em 5(cinco) partes sobre a história do poder: 



Fontes:
- www.slideshare.net/guest946a25/poder-e-politica-correto-presentation
- politicapoder.blogspot.com/
- jus.uol.com.br/revista/texto/7444/politica-e-poder-politico
- www.poderpoliticaemidia.blogspot.com/